Introdução a matéria Ciências do Ambiente.

Introdução a matéria Ciências do Ambiente.

Introdução a matéria Ciências do Ambiente e sua importância.

A disciplina Ciências do Ambiente tem a responsabilidade de articular ações para que os acadêmicos do Curso de Engenharia Civil da PUC Minas Barreiro, acessem conhecimentos relativos as questões ambientais, tais como: a Biosfera e seu equilíbrio; efeitos da tecnologia sobre o equilíbrio ecológico, preservação de recursos naturais, meteorologia, edafologia ecologia urbana e sustentabilidade.

Aos objetivos desta disciplina são diversos, podemos citar:
i. Colaborar com o Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia Civil para:
a. Formar um profissional provido de senso crítico e criatividade na identificação e resolução de problemas, considerando não somente os aspectos técnicos e econômicos, mas também os políticos, sociais, culturais, além dos ambientais;
b. Proporcionar uma formação integral e sistêmica usando mecanismos e ações que promovam a interdisciplinaridade;
c. Propiciar uma sólida fundamentação dos conteúdos básicos e específicos;
d. Proporcionar o desenvolvimento de uma atitude científica através da pesquisa e da experimentação;
e. Propor e priorizar ações que garantam a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão;
f. Estimular a capacidade crítica, a criatividade e a autonomia ideológica.
ii. Revisar os paradigmas e valores culturais antiecológicos, bem como a proposição de uma nova ética na relação sociedade e natureza e na Biosfera e seu equilíbrio
iii. Analisar as causas dos efeitos da tecnologia sobre o equilíbrio ecológico, dos problemas ambientais e sociais, incorporando elementos tais como: capital e trabalho, rico e pobre, opressor e oprimido, desenvolvido subdesenvolvido, consumidor e marginal excluído, gerações presentes e gerações futuras, agressor da natureza e vítima do risco ambiental.
iv. Atuar em prol da preservação e conservação da biodiversidade, analisando a diferença entre sustentabilidade e desenvolvimento sustentável, viabilizando ações de melhoria da qualidade de vida;
v. Ordenar e estabelecer relações sobre os conceitos de Ciências Ambientais, Educação Ambiental, meio ambiente e desenvolvimento sustentável; Meteorologia; Edafologia; Ecologia urbana e Ecologia humana.

domingo, 6 de dezembro de 2009

PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS (PRAD)

PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS (PRAD)

Cristian Franco Brasil
Letícia Almeida de Rezende
Maria Angélica de Paula Ferreira
Victor Hugo Dias Barbosa
Eugênio Batista Leite


Resumo

Este artigo apresenta causas que levam à degradação de áreas e quais são suas conseqüências para o meio. Várias atividades humanas afetam negativamente o ambiente, por isso é necessária a elaboração de projetos que corrijam ou minimizem esses impactos. Nesse contexto, é apresentado o Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD), quando deve ser elaborado, seus objetivos, o que deve ser feito para a elaboração desses planos, suas etapas para cada caso específico, os meios que podem ser utilizados para recuperar áreas degradadas e como o engenheiro civil pode atuar na elaboração e execução dos PRADs.

Palavras-chave: Degradação ambiental. Impacto ambiental. Engenharia Civil. Ecologia de restauração.



1 INTRODUÇÃO


Neto, Angelis e Oliveira (2004) dizem que na atualidade, quando se fala em áreas degradadas, se refere às áreas situadas tanto em zonas rurais quanto urbanas. De acordo com a EMBRAPA (2004), mais de 15% dos solos do mundo encontram-se degradados ou em processo de degradação. Na região tropical, a situação é ainda pior: mais da metade dos solos tropicais possuem algum grau de degradação.
Para Salvador e Miranda (2007) a degradação de uma área verifica-se quando a vegetação e a fauna são destruídas, removidas ou expulsas; a camada de solo fértil é perdida, removida ou coberta afetando os corpos superficiais ou subterrâneos d’água.
De acordo com Souza (2004) muitas ações humanas buscam exploração e consumo dos recursos naturais não importando os métodos, as leis, no qual suas conseqüências prejudicam o ambiente de maneira não mensurável, levando em conta o momento e não o futuro. Tais ações são grandes responsáveis pela degradação de áreas em todo o planeta. Mas de acordo com a Constituição Federal editada em 1988, toda atividade que produza danos ambientais deve arcar com as medidas de mitigação dos impactos e de recuperação ambiental.
Daí a criação dos PRADs que, como veremos mais à frente, consiste em projetos com o objetivo de restaurar uma área degradada para amenizar os efeitos da degradação no meio ambiente. E para tal a elaboração de PRADs, envolve, quase que em sua totalidade, a atuação do engenheiro civil.


2 ATIVIDADES HUMANAS QUE CAUSAM DEGRADAÇÃO


Salvador e Miranda (2007) dizem que a mineração é uma atividade que contribui muito para a degradação de áreas. A intensidade da degradação de uma área depende do volume, do tipo de mineração e dos rejeitos produzidos. A recuperação destes estéreis e rejeitos deve ser considerada como parte do processo de mineração.
Segundo Regensburger, Comin e Aumond (2008) tal atividade pode gerar impactos no solo que alteram sua composição química e muitas características essenciais do solo. Esses impactos podem afetar a fertilidade do solo ou deixá-lo pobre de nutrientes.
Ainda de acordo com Salvador e Miranda (2007) um dos principais problemas constatados na exploração mineral é assoreamento de leitos de rios por material de capeamento (solo vegetal e residual) e por rejeitos de mineração.
Salvador e Miranda (2007) afirmam que outro processo que, também, é um dos grandes responsáveis pela degradação de áreas é o crescimento urbano. A ocupação urbana promove o crescente desmatamento e a impermeabilização do solo. Isto resulta em assoreamento de rios e córregos com a freqüência ainda maior de cheias e inundações, que atingem as camadas mais pobres da população.
Neste sentido, Salvador e Miranda (2007) lembram que as construções de barragens podem, assim como os processos anteriormente vistos, causar impactos ambientais em larga escala como a inundação, destruição de habitat de animais, plantas e pessoas, afetando as águas subterrâneas, a qualidade de água dos rios, o microclima e a infraestrutura. Outras atividades humanas responsáveis pela degradação são a contaminação do ambiente a partir dos poluentes gerados pelo desenvolvimento industrial e a superpopulação. Elas vêm sendo consideradas como um dos problemas mais críticos quanto à degradação ambiental.


3 PRAD


De acordo com BRASIL (1981) diante dos efeitos negativos causados pelas ações humanas é necessária a implantação de um Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD), que é uma atividade com o objetivo do retorno do sítio degradado a uma forma de utilização, de acordo com um plano pré estabelecido para o uso do solo, visando a obtenção de uma estabilidade do meio ambiente. A Lei é bem clara no que diz respeito à obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos causados e, ao usuário da contribuição pela utilização de recursos ambientais, com fins econômicos.
Segundo Salvador e Miranda (2007) a recuperação se dá através de um plano que considere os aspectos ambientais, estéticos e sociais, de acordo com a destinação que se pretende dar à área, permitindo um novo equilíbrio ecológico. Mas, para Arato, Martins e Ferrari (2003) nem sempre é possível o retorno de um ecossistema degradado à sua condição original, devido ao estado de degradação a que foi submetido.

O objetivo amplo dos PRADs é a garantia da segurança e da saúde pública, através da reabilitação das áreas perturbadas pelas ações humanas, de modo a retorná-las às condições desejáveis e necessárias à implantação de um uso pós-degradação previamente eleito e socialmente aceitável (LIMA; FLORES; COSTA, 2006).

Regensburger, Comin e Aumond (2008) salientam que na recuperação de áreas degradadas pela mineração é recomendado o uso de adubo químico ou orgânico para impulsionar o desenvolvimento vegetal.

A utilização de sistemas agro-florestais tem sido bastante difundida como alternativa para recuperação de áreas degradadas, não apenas pela mineração mas de um modo geral, atribuindo-se à combinação de espécies arbóreas com culturas agrícolas e/ou animais a melhoria nas propriedades físico-químicas de solos degradados, bem como na atividade de microorganismos, considerando a possibilidade de um grande número de fontes de matéria orgânica (REINERT, 1998).

Segundo Rodrigues e Gandolfi (1998) e Martins (2001) o sucesso de um PRAD pode ser avaliado por meio de indicadores vegetais de recuperação. E ainda para Martins (2001) é através desses indicadores que é possível definir se determinado projeto necessita de novas interferências ou de ser redirecionado, visando acelerar o processo de sucessão e de restauração das funções da vegetação implantada.
Embora os PRADs sejam voltados para os aspectos de solo e vegetação, eles acabam afetando positivamente a água, o ar, a fauna, e os seres humanos.
Os PRADs são importantes meios da gestão ambiental para variados tipos de atividades humanas, principalmente as que envolvem desmatamento, terraplenagem, exploração de jazidas e outros. E para elaborar um PRAD é necessário seguir alguns passos fundamentais.
De acordo com relatório da EMBRAPA citado por Salvador e Miranda (2007) o desenvolvimento de um PRAD requer as seguintes atividades:
- inspeção ambiental da área a ser reabilitada;
- documentação fotográfica dos itens de passivo identificados;
- identificação dos processos de transformação ambiental que deram origem aos itens de passivo identificados;
- caracterização ambiental dos itens de passivo, em termos de sua representatividade, assim como de seus processos causadores;
- estabelecimento de medidas corretivas e preventivas para cumprir com as necessidades de reabilitação ambiental da área;
- orçamento das medidas.

As etapas de recuperação de áreas degradadas pela mineração envolvem um pré-planejamento, estabelecimento de objetivos a curto e longo prazos, remoção da cobertura vegetal e lavras, obras de engenharia, manejo de solo orgânico, preparação do local para plantio, seleção de espécies a serem plantadas, plantio e manejo regular da área após a recuperação.
Já na urbanização a recuperação se dá através de tratamentos de espaços individuais que envolvem a correção de processos já instalados e tratamento de áreas marginais nas cidades; e de tratamentos gerais que consiste na organização de um sistema de áreas verdes que concentre funções de melhoria da qualidade do meio e a recuperação de áreas degradadas. Como exemplos desse tipo de recuperação têm-se o controle da poluição atmosférica, sonora, hídrica, edáfica, visual, saneamento ambiental, conforto ambiental nas construções, conservação de energia etc.
No caso das barragens, deve-se seguir os seguintes passos: reafeiçoamento do terreno, proteção de taludes, terraceamento, circulação interna e recomposição de solo por cobertura. Para recuperar áreas degradadas por saneamento e poluição é necessário um controle das fontes de poluição, contenção dos poluentes, recolhimento dos poluentes, tratamentos convencionais, isolamento de áreas contaminadas e outros (SALVADOR; MIRANDA, 2007).

Como se percebe claramente, cada processo de degradação requer atividades específicas para estabelecer os planos de recuperação. Esses planos devem ter critérios para que, de maneira prática, amenizem os efeitos da degradação em cada ambiente de acordo com o nível do impacto a que foi submetido. Através da recuperação os recursos naturais das áreas degradadas podem ser preservados para que as gerações futuras também possam utilizá-lo.


4 CONSIDERAÇÕES FINAIS


Diante do que foi apresentado nesse estudo, pode-se concluir que a Engenharia Civil se apresenta como responsável por parte dos impactos ambientais€, mas, também é imprescindível na recuperação das áreas degradadas.
O engenheiro civil pode atuar em obras de restauração de áreas degradadas pela mineração, instalando represas ou escavações que facilitem a deposição de sedimentos proveniente das lavras, antes que este se deposite em córregos ou rios. Pode, também, elaborar projetos que minimizem a modificação da área durante a extração de minerais. Evitar modificações no leito original dos cursos d’água criando pontes ou outras obras quando estradas de acesso passarem pelos mesmos.
No caso da urbanização há muito para se fazer, mas as principais áreas onde o profissional da engenharia pode atuar são: a criação ou regularização de estações de tratamento de água e esgoto, aterros sanitários e elaboração de projetos que ajudem na diminuição dos aglomerados habitacionais e que possam proporcionar conforto ambiental às pessoas.
A Engenharia também está presente na elaboração de PRADs para degradação causada pelas barragens e, também, pelo saneamento e poluição.
A atuação do engenheiro civil na elaboração de PRADs é muito ampla e não se restringe apenas aos casos apresentados neste artigo. O engenheiro está presente em todas as etapas de elaboração dos planos de recuperação de áreas degradadas por todos os tipos de atividades antropológicas que geram tal degradação.


Abstract

This article presents causes that take to the degradation of areas and which are their consequences for the environment. Several human activities affect the environment negatively, therefore is necessary the elaboration of projects that correct or minimize those impacts. In that context, the Plan of Degraded Areas' Recovery's (PRAD) is presented, when it should be elaborated, their objectives, what should be made for the elaboration of those plans, their stages for each specific case, the means that can be used to recover degraded areas and as the civil engineer can act in the PRAD’s elaboration and execution.

Keywords: Environmental degradation. Environmental impacts. Civil engineering. Restoration ecology.



REFERÊNCIAS


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BRASIL. Decreto n. 97.632, de 10 abr. 1989. Dispõe sobre a regulamentação do Artigo 2º, inciso VIII, da Lei n. 6.938, de 31 de agosto de 1981 e dá outras providências. Diário Oficial, Brasília, 02 set.1981


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REGENSBURGER, B.; COMIN, J.J. ; AUMOND, J. J. . Integração de técnicas de solo, plantas e animais para recuperação de áreas degradadas. Ciência Rural, Santa Maria, v. 38, n.6, p. 1773-1776, set. 2008 Disponível em: . Acesso em: 15 set. 2009.


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SALVADOR, Aparecida Rosa Ferla; MIRANDA, Jussara de Souza. Recuperação de áreas degradadas. IETEC, 2007 Disponível em: .Acesso em: 15 set. 2009.


SOUSA, Sandoval Izidorio de. Programa de recuperação em áreas degradadas. 2004. 134 f. Monografia (Conclusão de Curso) - Universidade Anhembi Morumbi, Engenharia Civil

DEGRADAÇÃO E MANEJO DO SOLO

DEGRADAÇÃO E MANEJO DO SOLO

Alexandre Almeida
Leonardo F. Martins Ferreira
Luiz Augusto C. de Freitas
Rodrigo de Souza Cerqueira
Victor Matheus de Figueiredo
Eugenio Batista Leite


Resumo

Os solos representam uma importante fonte de renda, mas acima de tudo significa vida. Essa característica dos solos tem sido deixada de lado ao longo dos anos, devido a sua má utilização, o que acaba gerando o seu esgotamento e em alguns casos uma completa falta de nutrientes, e em alguns casos é quase impossível a utilização desses solos novamente. Com essa preocupação surgiram através de pesquisas, diversos métodos para se utilizar o solo garantindo uma “vida” mais duradoura e ao mesmo tempo melhorar a qualidade nos produtos, gerando riquezas e contribuindo para que o solo continue sempre fértil e aproveitável.

Palavras-chave: Solo. Produtos químicos. Floresta. Agricultura. Manejo. Degradação ambiental. Plantio.




1 Introdução

O solo é uma estrutura complexa formada por elementos sólidos (argila, areia, pedra, restos orgânicos) líquidos (água) e gasosos (nitrogênio, oxigênio e outros), (MULTIRIO, 2002). Citação deve estar de acordo com a referência
Os solos desempenham importantes papeis que alem de garantir a vida de todos os seres vivos, também ajudam a diminuir e amenizar os impactos negativos das atividades humanas ao redor do planeta. Desde que os solos começaram a ser utilizados pelos povos antigos por volta dos anos 1000 - 4000 A.C. (CAETANO, 2009), tanto para própria sobrevivência como para gerar riquezas, nunca se teve uma preocupação grande com o que se fazia ao solo e como se fazia. Essa falta de conhecimento de manejo de solos faziam com que os mesmos se desgastassem rapidamente ou não gerassem produtos com tanta qualidade ou valor econômico desejado.
Segundo Santos (2009) o mesmo ocorreu no Brasil, por volta da década de 60, devido ao grande processo de modernização nas tecnologias utilizadas no campo, como o uso de máquinas, adubos e defensivos químicos com o objetivo de aumento da produção agrícola e aumento da ocupação de ares anteriormente não aproveitadas .
O processo de modernização intensificou-se a partir dos anos 70, quando houve, de acordo com dados da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, um aumento de mais de 1.000% no número de tratores utilizados, em relação à década de 50, chegando este incremento a 6.512% na década de 80, e um aumento de 254% e 165%, respectivamente, no uso de arados a tração animal e nas colheitadeiras, nos anos 80, também em relação à década de 50. A utilização de adubos químicos também se intensificou no Brasil, na década de 70, atingindo um incremento de 1.380%, entre 1965 e 1980, o mesmo ocorrendo com o uso de defensivos, que aumentou 377% neste mesmo período, com destaque para a utilização de herbicidas, que cresceu mais de 8.000%, segundo informações colhidas no Sindicato das Indústrias de Adubos e Corretivos de Estado de São Paulo. (AGRA, 2009)

Com esse aumento desenfreado da tecnologia no campo, muitos não tinham o devido conhecimento sobre esses novos métodos como ocorre ate hoje, assim sendo o aumento de uso de máquinas pesadas, o crescente aumento da utilização de produtos químicos geraram diversos problemas para os solos, como a sua contaminação. Para Macedo (2009) os princípios adotados no manejo do mesmos eram de aspecto extremamente extrativista e visavam o lucro imediato e não a manutenção de um solo para futuras culturas.
Esse processo de aceleração do campo trouxe fora pontos negativos, um grande aumento da produção e aumento do valor dos bens produzidos nas regiões voltadas para a agricultura.
Para que o processo de ocupação dessas áreas ocorressem do modo esperado, grandes regiões onde antes haviam florestas e mata nativa, foram desmatadas, para dar lugar a processos de plantio ou criação de animais, tais métodos geraram uma grande destruição nos mais diversos habitats existentes por toda a região nacional.
Macedo (2009) diz que nessas regiões as arvores eram derrubadas e as que possuíam algum valor comercial eram destinadas a outro setores e o que sobrava era queimado para facilitar a limpeza das regiões que seriam utilizadas para o plantio .
A busca imediata pelo lucro e pela ocupação nacional, acarretou grandes problemas para os solos dessas regiões, pois os mesmos acabavam perdendo rapidamente seus nutrientes e assim que perdia seu potencial produtivo, eram abandonados e os produtores partiam para novas áreas mais férteis, utilizando sempre o mesmo processo de derrubada e queimada para limpeza das regiões. Assim sendo em pouco tempo grandes áreas tornaram-se inutilizáveis e extremamente degradadas devido a má utilização do solo.
Devido aos problemas gerados por essa má utilização do solo, diversos setores tanto da agricultura quanto outros, empenharam-se em desenvolver novos métodos de plantio que garantissem que o solo pudesse ser utilizado de maneira mais adequada gerando produtos com maior qualidade e ao mesmo tempo não agredindo tanto a natureza quanto os métodos convencionais. É o caso do Sistema de Plantio Direto (SPD) que é hoje o mais utilizado no país por ser uma junção das boas características de diversos outros métodos de manejo do solo (EMBRAPA, 2003). Não está na referência






2 Degradação dos Solos

A degradação dos solo pode ocorrer de diversas maneiras diferentes, sendo as mais atuantes o desmatamento, a expansão das grandes cidades, poluições orgânicas e também industriais. Embora a maior parte dos fatores para a degradação do solo seja devido a atividades humanas, fatores naturais como chuvas torrenciais e ventos muito fortes, contribuem para o surgimento ou agravamento destes problemas. Os efeitos dessa destruição dos solos não é sentido apenas no campo, mas também nas cidades. Com o aumento do uso indiscriminado de agrotóxicos no campo para garantir boas safras e plantas se doenças ou pragas, faz com que tanto os solos quanto o próprio alimento seja contaminado por produtos químicos muitas vezes fortes e que não deviam nunca, ser ingeridos por seres humanos.
A degradação dos solos, tornou-se um problema tão grande, que muitos cientistas especulam que o mundo passará por grandes problemas envolvendo a agricultura daqui a 50 anos, onde os problemas com o solo irão se tornar tão graves que apenas em poucas regiões do mundo será possível cultivar espécies importantes de plantas que são essenciais para a alimentação humana (ÉPOCA, 2007). ??? Não tem referência. "Isto se traduz em um elevado impacto social e humano.” (ADEEL, 2007). ??? Não tem referência
Se medidas não forem tomadas,

os que perderão serão o meio ambiente e as pessoas mais pobres do planeta. A menos que se detenham as forças destrutivas e se restaure a qualidade dos solos, em muitos lugares a produção de alimentos será uma crise crescente. (ARNALDS, 2007) ??? Não tem referência

Segundos vários estudos, a degradação é o problema mais urgente a ser resolvido de todos os problemas atuais, pois estima-se que cerca de 1,2 bilhões de hectares já sofreram algum tipo de erosão ou atividade desgastante (UESB, 2009). ??? Não tem referência
Como conseqüência dessa degradação, grande parte dos nutrientes que estão presentes no solo são perdidos, a água é perdida prejudicando todos os tipos de plantas da região, a falta de plantas faz com que o solo fique exposto a chuvas e ventos sofrendo muitas vezes mais os efeitos das ventanias e das lixiviações que causam grande parte da destruição dos solos.
Outro fator que contribui para a destruição dos solos são as queimadas.

A queimada é uma antiga prática agropastoril ou florestal que utiliza o fogo de forma controlada para viabilizar a agricultura ou renovar as pastagens. A queimada deve ser feita sob determinadas condições ambientais que permitam que o fogo se mantenha confinado à área que será utilizada para a agricultura ou pecuária. (INPE, 2003) ??? Não tem referência

As queimadas também contribuem com outros tipos de fatores que levam a degradação dos solos, pois após a queimada o solo fica exposto favorecendo tanto a lixiviação quanto a outros diversos tipos de erosão.
O manejo do solo nada mais é que, técnicas que contribuem ao máximo para manutenção dos solos e ao mesmo tempo tem o objetivo de tirar do mesmo a maior quantidade de lucro possível sempre respeitando o meio ambiente e buscando uma utilização consciente do solo.
Uma forma de manejo é o Plantio Direto, que,
Trata-se de sistema de produção conservacionista, que se contrapõe ao sistema tradicional de manejo. Envolve o uso de técnicas para produzir, preservando a qualidade ambiental. Fundamenta-se na ausência de preparo do solo e na cobertura permanente do terreno através de rotação de culturas. (EMBRAPA, 2003) ??? Não tem referência
Grande parte do sucesso e da grande utilização do Sistema de Plantio Direto (SPD) hoje no Brasil é o fato dele abranger boas características de diversos outros sistemas de plantio, uma dessas características, é que o solo mesmo durante o plantio, continua coberto com palha ou outros tipos de plantas evitando assim a ação direta das chuvas e outros meios de degradação do solo que possam vir a atrapalhar a produção.
Para que a utilização do Plantio Direto ocorra corretamente, é necessário haver uma rotação nas culturas cultivadas para que não haja um esgotamento dos nutrientes do solo, devido ao plantio sempre das mesmas plantas. O controle de plantas indesejadas e de pragas é feita com herbicidas de modo controlado e que não cause danos tanto ao solo quanto a saúde humana e nem prejudiquem a plantação.

Reduzir a erosão, melhorar as condições físicas e de fertilidade do solo, aumentar o teor de matéria orgânica, nutrientes e água armazenada no solo e diminuir o consumo de combustíveis com a manutenção da produtividade das culturas indicam o SPD como o sistema para alcançar a sustentabilidade da agricultura, com redução dos impactos ambientais. (IAG, 2003) ??? Não tem referência


O SPD apresenta diversas vantagens tanto para o meio ambiente quanto para aquela pessoa que o utiliza, vantagens como: controle de erosão, aumento da água armazenada no solo, redução da oscilação térmica, aumento da atividade biológica, aumento dos teores de matéria orgânica, melhoria da estrutura do solo (IAG, 2003). ??? Não tem referência
A cobertura do solo com palha ou outros tipos de planta, alem de diminuir o impacto causado pelas chuvas ajuda na diminuição da temperatura do solo e faz com que maior quantidade de água seja retida no solo aumentando sua fertilidade.
Alem das vantagens para o meio ambiente já apresentadas, o SPD também possui muitos pontos positivos relacionados à economia que são : economia de combustível, aumento de vida útil das máquinas, necessidade de menor volume de chuvas para o trabalho na terra, maior controle sobre a época de semeadura, possibilidade de economia de fertilizantes (IAG,2003). ??? Não tem referência
Embora o SPD traga tantas vantagens, não é qualquer produtor que pode implementá-lo na sua plantação é preciso antes alguns pré- requisitos para utilização deste sistema, como qualificação e treinamento oferecido através de cursos, correção da área em que vai ser utilizado o sistema, é necessário também equipamentos adequados já que é um sistema de plantio único, o manejo correto de inseticidas, alem de uma definição adequada quanto as culturas a serem utilizadas para manutenção da qualidade do solo. “A adoção do SPD possibilita uma agricultura mais sustentável, com menor impacto sobre o ambiente e altos rendimentos de produção.” (IAG, 2003) ??? Não tem referência
Embora o Plantio Direto seja hoje o sistema mais utilizado pelos agricultores, existem outros diversos tipos de sistemas que abrangem outras técnicas e métodos buscando sempre um maior aproveitamento do solo e tentando minimizar ao máximo os impactos negativos dessa ação.
O Plantio Convencional, é mais utilizado hoje em plantações de arroz irrigado na região do PR. O sistema de plantio convencional é um sistema bastante conhecido e é mais utilizado nas estações do verão/outono antes da semeadura das plantas a serem cultivadas (EMBRAPA, 2005). ??? Não tem referência
O Plantio Convencional é realizado em duas etapas, sendo a primeira etapa voltada para a eliminação da cobertura vegetal do local a ser utilizado para o plantio, já a segunda etapa consiste em nivelamento do terreno, utilização de herbicidas e a eliminação de plantas que são indesejadas a produção.
Como o próprio nome diz, o plantio mínimo consiste em um preparo mínimo do solo, aonde é eliminado a vegetação da área aonde será realizado o plantio, aplicação de herbicida, e após a sulcação do solo já é realizado a semeadura da nova safra a ser cultivada.
Esse tipo de plantio é mais indicado para áreas onde o solo não seja tão compactado, com problemas químicos, que necessitam de calagem ou gessagem para garantir nutrientes para o solo ou com presença de pragas no solo (EMBRAPA, 2007). ??? Não tem referência
O plantio mínimo apresenta algumas vantagens como: possibilidade de cultivo mesmo em épocas chuvosas, utilização de forma mais intensa da área de plantio, redução da erosão, redução da utilização de máquinas, controle de plantas indesejáveis ao cultivo (EMBRAPA, 2007). ??? Não tem referência
O Plantio Semi-Direto é bastante parecido com o Sistema de Plantio Direto, onde ocorre semeadura direta sobre a superfície do solo, sendo característica desse plantio a pouca geração de resíduos superficiais no solo.
Já o plantio convencional,
Provoca inversão da camada arável do solo, mediante o uso de arado; a esta operação seguem outras, secundárias, com grade ou cultivador, para triturar os torrões; 100% da superfície são removidos por implementos. Este tipo de preparo só deve ser utilizado quando da correção de algumas características na subsuperfície do solo, onde necessite de incorporação de corretivos ou rompimento de camadas compactadas. (EMBRAPA, 2007) ??? Não tem referência






3 Considerações Finais

Os solos representam um importante fator para a manutenção da vida no planeta, sendo os mesmos utilizados para diversos fatores tanto econômicos, culturais, políticos entre tantos outros.
Para que se possa assegurar a continuidade da vida no planeta, é preciso preservar o solo, utilizá-lo de modo consciente para que ele gere riquezas e ao mesmo tempo não seja destruído ou degradado.
Assim sendo a utilização do melhor método de plantio garante uma melhor safra, uma melhor colheita e conseqüentemente uma melhora na qualidade do meio ambiente.





Abstract
Soils represent an important source of income, but above all it means life. This characteristic of the soil has been put aside over the years due to their misuse, which ends up generating the depletion and in some cases a complete lack of nutrients, talk cases almost impossible to use these soils again. With this concern emerged through research, several methods for using the soil ensuring a life longer and at the same time improving product quality, creating wealth and helping to keep the soil fertile and always enjoyable.

Key-words: Land. Chemicals. Forest. Agriculture. Management. Environmental degradation. Planting (Plant culture)







Referências

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STOCKING, M.A. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia: fitopatologia, erosão do solo. Disponível em: . Acesso em: 10 set. 2009.

CHUVA ÁCIDA: implicações para a engenharia civil

CHUVA ÁCIDA: implicações para a engenharia civil

Ingrid Silva Miguel
Raphael Augusto Vasconcelos Carneiro Nascimento
Rhaíssa Lohana Abreu Amorim
Eugênio Batista Leite


Resumo


Diante de recentes pesquisas e de observações e medições feitas no meio ambiente, temos evidenciado um aumento significativo de um fenômeno conhecido como Chuva Ácida. Levando assim em consideração os efeitos nefastos deste fenômeno, faze-se necessário o maior entendimento do mesmo para que a comunidade científica possa orientar a sociedade civil no tocante às melhores práticas de produção nos diversos seguimentos produtivos do mercado, no sentido de eliminar/minimizar a emissão de gases poluentes; principais agentes causadores da Chuva Ácida. Este trabalho aborda os impactos deste tipo de chuva no meio ambiente e nos diversos processos da construção civil bem como as respectivas consequências. Mostra ainda quão importante se faz o desenvolvimento de novos combustíveis e processos capazes de evitar a geração/liberação destes tipos de gases na atmosfera. Agindo assim e seguindo o preceitos das teorias dos programas de qualidade estaremos atuando na causa raiz deste importate problema.


Palavras – chave: Chuva ácida. Construção civil. Consciência.



1 Introdução


Desde a Revolução Industrial, a produção excessiva liberou e, continua liberando muitos poluentes na atmosfera. Com o acúmulo em excesso de dioxido de carbono e enxofre, as reações químicas entre eles formam água e aerossóis, dando assim origem à formação da chuva ácida, que vem causando preocupação em diversos setores da sociedade, como por exemplo: no meio ambiente, nas construções civis, na biomedicina, entre outros.
Robert Angus Smith, um químico e climatologista inglês, foi quem usou pela primeira vez o termo “chuva ácida” que foi usado para descrever a preciptação ácida que ocorreu sobre a cidade de Manchester no início da Revolução Industrial. Desde então, a produção excessiva liberou e continua liberando muitos poluentes na atmosfera. Com o acúmulo em excesso, ocorreram reações químicas entre eles dando assim origem à formação da chuva ácida. Esta, devido à sua formação, ao entrar em contato com construções, monumentos e certos materiais provoca danos praticamente irreversíveis. Ao longo deste artigo veremos suas possíveis causas e conseqüências.


2 Chuva ácida


A chuva ácida é causada devido aos gases lançados na atmosfera por chaminés industriais, pela queima de carvão e automóveis. Esses gases são principalmente os óxidos ácidos de enxofre e nitrogênio que entram em contato com o hidrogênio presente na atmosfera formando a chuva ácida. As águas dessa chuva alteram a composição química do solo, liberando metais tóxicos como chumbo, mercúrio, zinco, entre outros, que podem chegar aos rios, lagos, águas subterrâneas e correntes usadas para o fornecimento de água potável, causando assim a sua acidificação. Também destrói monumentos, construções, estruturas metálicas, florestas e plantações.
Segundo Ribeiro :
“a chuva ácida refere-se à deposição úmida de constituintes ácidos, os quais se dissolvem nas nuvens e nas gotas de chuvas, para formar uma solução de pH inferior a 5,6. Apesar do termo chuva ácida ter se generalizado, é preferível o termo deposição ácida, uma vez que os poluentes podem ser depositados, isto é, alcançar o solo, não apenas pela chuva, como pela neve, umidade etc., bem como incluir a deposição seca de poluentes ácidos gasosos e particulados. A água da chuva já é normalmente ácida. O dióxido de carbono (CO2) dissolvesse nas nuvens e na chuva, formando um ácido fraco: o ácido carbônico (H2CO3). Esse ácido faz com que o pH da chuva seja em torno de 5,6. Valores de pH inferiores a 5,6 indicam freqüentemente que a chuva encontra-se contaminada, no entanto, fenômenos naturais podem causar a chuva ácida, tais como: atividades geotérmicas (vulcões e fontes termais), queima de biomassa e processos metabólicos.” (RIBEIRO, 2000).

Os principais poluentes que estão presentes na chuva ácida são obtidos através da combustão do carvão mineral, petróleo, etc. Em contato com o hidrogênio podem formar substâncias altamente tóxicas, como o ácido nítrico e ácido sulfúrico, por exemplo, que ao precipitam causam danos graves ao meio ambiente.
Nos últimos anos, as ocorrências da chuva ácida vêm sendo mais recorrentes e o ph da chuva aumenta o seu nível de acidez. O que deve causar certa preocupação entre os seres humanos, já que está nos atingindo diretamente.


Segundo o Fundo Mundial para a Natureza, cerca de 35% dos ecossistemas europeus já estão seriamente alterados e cerca de 50% das florestas da Alemanha e da Holanda estão destruídas pela acidez da chuva. Na costa do Atlântico Norte, a água do mar está entre 10% e 30% mais ácida que nos últimos vinte anos. Nos EUA, onde as usinas termoelétricas são responsáveis por quase 65% do dióxido de enxofre lançado na atmosfera, o solo dos Montes Apalaches também está alterado: tem uma acidez dez vezes maior que a das áreas vizinhas, de menor altitude, e cem vezes maior que a das regiões onde não há esse tipo de poluição.
Monumentos históricos também estão sendo corroídos: a Acrópole, em Atenas; o Coliseu, em Roma; o Taj Mahal, na Índia; as catedrais de Notre Dame, em Paris e de Colônia, na Alemanha. Em Cubatão, São Paulo, as chuvas ácidas contribuem para a destruição da Mata Atlântica e desabamentos de encostas. A usina termoelétrica de Candiota, em Bagé, no Rio Grande do Sul, provoca a formação de chuvas ácidas no Uruguai. Outro efeito das chuvas ácidas é a formação de cavernas. (POLI, 2000).


As áreas constituintes de granito e quartzo são bastante afetadas devido à pequena capacidade do solo em neutralizar o ácido. Ao contrário do que acontece com rochas calcárias, compostas de carbonato de cálcio (CaCO3) que atua como base reagindo com o ácido, o ácido é eficientemente neutralizado. Sendo assim a rocha é dissolvida criando substitutos para os íons hidrogênio, conhecidos como dióxido de enxofre e íons cálcio
Existem algumas suspeitas dos riscos indiretos, prejudiciais à saúde humana, eles são causados por metais, como o chumbo, que são liberados do solo devido a sua acidez. Esses metais chegam, por exemplo, aos rios de onde provém água potável para o homem. Ou pode até chegar a cadeias alimentares e prejudicá-las, afetando também o homem, causando problemas neurológicos, renais, etc., se for consumida por longos anos.
Infelizmente, nem sempre quem polui de maneira inconseqüente, não necessariamente sofre os danos da chuva ácida, pois tais poluentes, uma vez que estão na atmosfera, são levados pelos ventos podendo atingir até regiões mais distantes que nada poluem.


3 Construção Civil



A chuva ácida é responsável por inúmeros danos à natureza, á agricultura, ao homem, etc. Mas também tem sua influência no âmbito das construções civis. Segundo Afonso (2008) “a chuva ácida é responsável pela corrosão de metal, pedra ou tinta”. Naturalmente, materiais expostos a chuvas e ventos sofrem degradação com o tempo, sendo a chuva ácida a principal fonte para o aceleramento desse processo. Para essa degradação existem duas possibilidades: ou custará muito caro para que a reparação seja feita, ou, dependendo do grau dessa degradação, é impossível repará-la.
Se olharmos para as diversas construções, em especial as mais antigas, poderemos notar muito bem que os materiais de construção estão se dissolvendo. Eles desgastam-se naturalmente pela ação do tempo, mas isso leva muitos anos, geralmente alguns séculos. A chuva ácida acelera o processo. Pois ela corrói estruturas que revestem estátuas, prédios, etc.


As chuvas ácidas transformaram, por exemplo, a superfície do mármore (CaCO3) do Parthenon, em Atenas, em gesso (CaSO4), macio e sujeito à erosão. Fotografias das Cariátides, as ninfas sobre as quais se apóia o templo de Erekteion, na Acrópole, mostraram que, num período de dez anos (1955 a 1965) a chuva ácida destruiu os narizes das Cariátides e outros detalhes de suas figuras. O mesmo fenômeno foi observado no Taj Mahal, na Índia, e no Coliseu, em Roma.(GEPEQ – Grupo de Pesquisa em Educação em Química, 1999)

4 Brasil

Cubatão, São Paulo, e suas indústrias, têm participação direta na Serra do Mar. Nesta região, a chuva ácida degrada bastante à floresta Atlântica que recobre a serra. As árvores de maior porte morrem devido à poluição. Elas têm suas folhas arrancadas, onde se abre uma clareira, e o sol, antes bloqueado pela copa das árvores, agora incide diretamente sobre espécies mais sensíveis, matando-as. E a gravidade dessa destruição se torna significativa pelo papel de proteção que as árvores exercem. Elas protegem espécies sensíveis quem vivem em meio às matas, conservam a umidade do solo, fixam solos com alta possibilidade de desabamento, dentre outros.
Ao mesmo tempo a chuva ácida pode alterar a composição de rochas e criar cavernas, num processo secular, pois quando a chuva ácida cai sobre áreas constituintes de CaCO3 (calcite) forma o ácido carbônico H2CO3. Esta, ao entrar nas fendas do calcário corrói a rocha produzindo o bicarbonato de cálcio Ca (HCO3) que é solúvel em água e facilmente carregado pela água. Com essa dissolução, as fendas, produzidas pela infiltração da água da chuva, vão aumentando aos poucos até formarem as cavernas. O bicarbonato de cálcio fica preso no teto da caverna até ganhar peso e força para cair, liberando CO2 ao longo do tempo, formando as estalactites. As estalagmites são formadas devido às gotas de bicarbonato de cálcio em solução que caem do teto, depositando- se, assim, no solo.
Há cavernas calcárias em muitas regiões do Brasil, sendo mais famosas as da região da Lagoa Santa, em Minas Gerais: Lapinha, Maquiné, Lapa Nova, Lapa Vermelha e São João del Rei (a Lagoa Santa, por sua vez, que tem forma circular, resultou do desabamento do teto de uma caverna, formando uma dolina que foi preenchida por águas subterrâneas). Também bastante conhecidas, as formações do Vale do Ribeira de lguape, em São Paulo, constituem o maior conjunto de cavernas calcárias no país. Entre elas destaca-se a Caverna do Diabo, ponto turístico da região. Existem cavernas deste tipo em outras regiões do Brasil, como a que abriga o Santuário do Bom Jesus da Lapa, na Bahia, e as do vale do Rio Salitre, no estado do Ceará. No âmbito mundial, as mais famosas são as enormes Cavernas de Carlsbad, localizadas no sudoeste do estado do Novo México, nos Estados Unidos.
Segundo o Fundo Mundial para a Natureza:
“cerca de 35% dos ecossistemas europeus já estão seriamente alterados e cerca de 50% das florestas da Alemanha e da Holanda estão destruídas pela acidez da chuva. Na costa do Atlântico Norte, a água do mar está entre 10% e 30% mais ácida que nos últimos vinte anos.”

São vários os efeitos da chuva ácida, porém são poucas as mobilidades para que esse problema seja pelo menos amenizado. Sendo esta mais uma das preocupações que ameaçam o “bem estar” humano.

Custa muito dinheiro acabar com a chuva ácida. Muitos países relutaram em adotar medidas até que os cientistas lhes mostraram o quanto de poluição precisa ser cortado. Esses especialistas têm feito cálculos para o dióxido de enxofre e os óxidos de nitrogênio e indicam que as regiões mais sensíveis da Noruega e da Suécia são capazes de absorver apenas entre 0,3 e 0,5 grama de dióxido de enxofre e entre 1 e 2 gramas de óxidos de nitrogênio por m2 . Os cientistas avaliam que o mundo, como um todo, precisa reduzir as emissões desses dois poluentes em 80 ou 90%. Isso significa que as 100 toneladas despejadas atualmente na atmosfera devem ser reduzidas para 10 toneladas, o mais rápido possível. Na Europa, nos últimos 10 anos, as emissões de dióxido de enxofre diminuíram em cerca de 25%. (Portal São Francisco, 2009).


Porém atitudes simples, que podem ser tomadas individualmente, para que mais tarde isso se torne um coletivo, como por exemplo: diminuindo a emissão desses poluidores na atmosfera, reduzindo o consumo de energia, purificando os escapamentos dos veículos, não fazendo uso desnecessário de veículos, utilizando sistemas de tratamento de gases em indústrias e utilizar combustíveis livres de enxofre, podem com certeza ter um papel fundamental no começo da solução desse problema.


5 Considerações Finais


Atualmente a realidade vivida pelo mundo está imprevisível. Fenômenos surpresa vêm acontecendo, e se tornando cada vez mais incontroláveis. Portanto nós como futuros engenheiros civis devemos instigar a busca por novas técnicas unidas ao conhecimento científico para obter melhorias na relação homem e meio ambiente. Tentando alcançar ao máximo o nível de um desenvolvimento sustentável, mesmo que este seja quase um sonho e esteja longe de se tornar realidade nos dias de hoje.
Procurar compreender o que se passa com o planeta é fundamental para que comecemos a nos conscientizar e a criar hábitos menos destrutivos aos ecossistemas. Uma vez que fenômenos como a chuva ácida se tornaram um problema seríssimo, nosso dever está em alertar a população em questão das conseqüências causadas pela poluição excessiva, propondo soluções práticas que realizadas diariamente ajudam de forma significativa para a redução desses poluentes. Para reverter essa situação o primeiro passo esta mais uma vez na reeducação civil. Assim poderemos esperar atitudes do sujeito para o coletivo.





Abstract

In view of recent research and observations and measurements made in the environment, we have shown a significant increase in a phenomenon known as Acid Rain. Taking this into account the adverse effects of this phenomenon, it is necessary to make the most of that understanding to the scientific community can guide the society in regard to best practices in production in several productive segments of the market, to eliminate / minimize greenhouse gas emissions, the main causative agents of acid rain. This paper discusses the impacts of this
type of rain on the environment and the various processes of construction and their consequences. It also shows how important it is to develop new fuels and processes that can prevent the generation / release of these types of gases in the atmosphere. Doing so and following the precepts of the theories of quality programs we are working in important root cause of this problem.

Key-words: Acid rain. Building. Consciousness.



Referências
ABREU, Maurício Lobo. Ocorrência de chuva ácida em unidades de conservação da natureza urbana. 2005. 109f. Dissertação (Mestrado) – Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Programa de pós graduação em Engenharia Ambiental. Disponível em: . Acesso em: 11 nov. 2009.


AFONSO, Cassandra; MARCIANO, Cláudia; MOREIRA, Sofia. Chuvas ácidas. Geo-Blog, 2008. Disponível em: . Acesso em: 08 out. 2009.

BRENA, Nelson Antonio. "A Chuva Ácida e os seus Efeitos sobre as Florestas — Apêndice I: Conseqüências da Chuva Ácida à Saúde Humana; Apêndice II: Efeito Estufa, Aquecimento da Terra e Mudanças Climáticas" — 2ª Edição 2009 São Paulo (SP) Brasil, 2009.

BRENA, Nelson Antonio. A Chuva Ácida e os seus Efeitos sobre as Florestas, São Paulo, 2009. Disponível em: . Acesso em: 11 nov. 2009.

GEPEQ – Grupo de Pesquisa em Educação em Química – IQUSP, Módulo I- Interações e Transformações I – Elaborando Conceitos sobre Transformações Químicas – Química – Ensino Médio, GEPEQ – Grupo de Pesquisa em Educação emQuímica – IQUSP, Módulo I – A Chuva Ácida, Editora da Universidade de São Paulo, p.17, 5a Edição, 1999.


PIRES, Vitor. Chuva ácida. 2000. Disponível em: < http://www.prof2000.pt/users/vitorpires/chuva.htm>. Acesso em: 11 nov. 2009.


POLI, Adriana Cristina. Chuva ácida, São Paulo, 2000. Disponível em: . Acesso em: 11 nov. 2009.

Portal São Francisco, Chuva ácida. Disponível em: < http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/meio-ambiente-chuva-acida/chuva-acida-4.php>. Acesso em: 08 out. 2009.


POLUENTES de efeito global: a chuva ácida. Disponível em: < http://www.quimica.ufpr.br/eduquim/pdf/roteiro_aluno/experimento10.pdf>. Acesso em: 11 nov. 2009.



QUÍMICA e física online: chuva ácida. Blogspot 2009. Disponível em: < http://curriculodequimica.blogspot.com/2009/05/chuva-acida_29.html>. Acesso em: 11 nov. 2009.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Educação Ambiental e Sustentabilidade

PUC Minas Barreiro – Curso Engenharia Civil – Disciplina - Ciências do Ambiente - Prof. Eugenio Batista Leite
Acadêmico: Cristian Franco Brasil
Resenha do Texto: DUBOIS, C.L. Educação Ambiental e Sustentabilidade. Palestra apresentada durante “VI Encontro de Educação Ambiental do Estado do Rio de Janeiro”. CREA-RJ, 26-29 de Julho de 1999.

A revolução industrial ampliou a separação entre a sociedade e a natureza. Em decorrência deste distanciamento, estamos vivendo num momento muito difícil da história da humanidade. Estamos começando a perceber um fato desagradável que é o esgotamento de um modelo de desenvolvimento industrial e rural e de um modelo de vida, ambos apoiados no consumidor. Felizmente, existe um crescente debate e ações a respeito desse esgotamento.
A partir da percepção das ameaças de esgotamento, está surgindo outra percepção: a de promover a sustentabilidade e restaurar níveis satisfatórios de qualidade de vida. Já sabemos o que não deve ser feito. Devemos aprender o que deve ser feito. Aprender a ser menos consumista e voltar a ser mais sábios.
Vivemos numa situação de autentica emergência planetária, onde estamos contaminados e degradando os ecossistemas, esgotando recursos, crescimento incontrolável da população mundial, perda de diversidade biológica e cultural. Essas situações se dão pelo comportamento individual e coletivo, pois estamos preocupados com o bem estar momentâneo, sem se preocupar com as conseqüências no presente e futuras. Uma maneira sábia de tentar contermos essa situação é assumir um compromisso para que a educação formal e não formal tenham também a finalidade de proporcionar uma percepção correta dos problemas, promovendo conscientização, conhecimento, mobilização para incorporação de atitudes e comportamentos favoráveis para construir um presente e um futuro sustentável.
O desenvolvimento sustentável, de acordo com o relatório de Brundthund (CMMAD, 1998), tem a seguinte definição: é o desenvolvimento que atende as necessidades do presente sem comprometer as possibilidades das gerações futuras atenderem as suas próprias. Existem hoje cinco categorias interligadas de sustentabilidade: a social, a econômica, a ecológica, a espacial e a cultural.
A Educação Ambiental é um dos meios importantes para se conseguir um desenvolvimento sustentável que deve satisfazer os seguintes requisitos: enfocar os processos de degradação de maior peso; Existência de problemas de menor amplitude territorial; Educar e convencer os atores chaves dos processos de degradação; Priorizar abordagens pragmáticas como a substituição de sistemas e práticas insustentáveis de produção por alternativas sustentáveis; Envolver a juventude e as mulheres; Empregar metodologias educativas adaptadas às peculiaridades dos grupos alvos e Evitar posturas radicais..
A educação para a sustentabilidade tem o compromisso de incorporar as nossas ações educativas a atenção da situação do mundo, promovendo entre outros, um consumo responsável e promover a metodologia dos 3 R´s (Reduzir, Reutilizar, Reciclar).

Artigo na íntegra pelo link: http://www.rebraf.org.br/15anos/arquivos/educacaoambiental.pdf

APRENDENDO A LIÇÃO DE CHACO CANYON: do “Desenvolvimento Sustentável” a uma Vida Sustentável por Fernando Fernandez.

PUC Minas Barreiro – Curso Engenharia Civil – Disciplina - Ciências do Ambiente - Prof. Eugenio Batista Leite

Resumo do Texto: APRENDENDO A LIÇÃO DE CHACO CANYON: do “Desenvolvimento Sustentável” a uma Vida Sustentável por Fernando Fernandez.

Acadêmica: Maria Angélica de Paula Ferreira

Este artigo tem como foco principal, a abordagem do tema ‘Desenvolvimento sustentável’ e sustentabilidade, numa visão geral e alguns pontos onde o autor exemplifica o tema.
Destaca-se no o artigo, a vivência e experiência do autor no Chaco Canyon, que hoje é uma região desértica no Novo México - EUA, e relata estudos arqueológicos que demonstram a existência de enormes construções com estruturas de pedras e grandes arvores que existem à muitos quilômetros de distância.
O autor relata que na época das obras, a região era uma grande floresta diversificada, e que foram os próprios habitantes que desmataram por completo e até hoje não se sabe ao certo o que realmente aconteceu com essa comunidade que lá vivia os chamados Anasazis.
Com essa experiência o autor observa que o homem está se auto-destruindo, pois quando ele utiliza de forma inadequada a natureza, sem articular e entender a sua a capacidade de regenerar, e principalmente sem monitorar esta ação antrópica, ele não está pensando sustentavelmente, isto é, preocupado com as gerações futuras.
Quando destruímos a natureza, estamos destruindo nós mesmos, pois o homem é a própria natureza. Estamos articulando conhecimento e ações para que o homem tenha conhecimento de que a natureza não está para servir, mas também para ser conservada, em todas as suas formas. Temos que tomar plena consciência e ações, pois sabemos agora que não somos donos dela, mas sim, apenas uma pequena parte do seu todo.
O autor aponta também uma das possíveis atitudes pragmáticas para o sucesso de ações de sustentabilidade, que seria uma mudança cultural, alterando hábitos e costumes quanto ao consumo e uso dos recursos naturais, alterando o instituído pela globalização, que trouxe um consumismo na maioria das vezes compulsivo, exacerbado e com ele uma falta de consciência ambiental.
Baixe o artigo na íntegra pelo link: http://www.spvs.org.br/download/reflexao15.pdf

Produtos ecológicos para uma sociedade sustentável

Puc Minas Barreiro – Curso de Engenharia Civil – Disciplina – Ciências do Ambiente – Prof. Eugênio Batista Leite
Acadêmica: Gabriela de Oliveira Abecassis
Produtos ecológicos para uma sociedade sustentável - Márcio Augusto Araújo, consultor do IDHEA – Instituto para o Desenvolvimento da Habitação Ecológica, www.idhea.com.br
Um dos mercados de maior potencial neste séculos é o de produtos ecologicos voltados ao consumidor final.
Produto ecológico é todo artigo que, seja não poluente, não – tóxico, notadamente benéfico ao meio ambiente e à saúde, contribuindo para o desenvolvimento de um modelo econômico e social sustentável.
Equipamentos energeticamente eficientes, não-poluentes, que utilizem tecnologias limpas ou renováveis, também são sustentáveis, uma vez que são capazes de atender a demanda por energia, sem esgotar os recursos naturais ou alterar drasticamente a geografia dos ecossistemas.
O produto ecológico é capaz de despertar a consciência eco-social da comunidade e educar ambientalmente quem o produz e quem o consome.
Com incentivos e política adequada, esses produtos poderiam ser exportados para mercados ávidos por artigos verdes como o europeu e muitos outros.
Se, ao invés de estimular indústrias poluentes como automobilística movida a petróleo, que recebe milhões em incentivos de toda ordem, houvesse uma política de crédito de ICMS verde.
O próprio mercado interno brasileiro tem poder aquisitivo para ecoprodutos, como nas áreas de energia elétrica – como solar e eólica. O Brasil só conta com uma indústria nacional fabricante de painéis solares. Outra área de imenso potencial para o crescimento de empresas com produtos sustentáveis é a de saneamento.
A forma mais segura de identificação para o consumidor é a partir dos selos verdes. A auto-certificação é um dos principais inimigos do mercado verde, uma vez que pode induzir o consumidor a acreditar que o produto que ele está adquirindo é ecológico apenas porque carrega este rótulo.
Para que um produto pudesse receber a tarja de ecológico, todos os processos produtivos deveriam ser ambientalmente adequados e sua comprovação deveria ser testada por uma entidade independente.cOutra opção de benefício seria tributar menos ou não tributar produtos reciclados, cuja matéria-prima seria tributada apenas uma vez, quando virgem.
Esse tipo de certificação forneceria parâmetros de credibilidade para esses novos produtos, criando um mercado verde forte e consistente, contribuindo para a construção de uma sociedade sustentável.
Para acessar o texto na integra: http://www.idhea.com.br/pdf/sociedade.pdf

Nove passos para a obra sustentável

Puc Minas Barreiro – Curso de Engenharia Civil – Disciplina – Ciências do Ambiente – Prof. Eugênio Batista Leite
Acadêmica: Gabriela de Oliveira Abecassis
Nove passos para a obra sustentável – resumo – autor: Márcio Augusto Araújo, consultor do IDHEA – Instituto para o Desenvolvimento da Habitação Ecológica, www.idhea.com.br
Com tantos problemas ambientais que o mundo esta vivendo, temos que recorrer a recursos para melhorar o meio ambiente, e desses recursos mais falado hoje em dia é a construção sustentável.
Para uma construção ser sustentável, é preciso alguns requisitos. Essa construção tem que atender as necessidades da edificação e o uso do homem, mas preservando o meio ambiente e mantendo qualidade de vida ao mesmo tempo.
Existem nove passos para a obra sustentável:
1. Planejamento Sustentável -A partir dele serão decididos todas a intervenções que poderão integrar a obra ao meio ambiente ou resultar em danos curto, médio e longo prazo.
2. Aproveitamento passivo dos recursos naturais - Aproveitar o máximo possível do sol, vento e vegetação.
3. Eficiência Energética -Geração da própria energia consumida por fontes renováveis.
4. Gestão e economia da água -Reduzir e controlar o consumo de água fornecido pela concessionária ou obtido junto a fontes naturais.
5. Gestão dos resíduos de edificação- Criar área para depositar resíduos e reduzir emissão de resíduos orgânicos.
6. Qualidade do ar do ambiente interior -Evitar controlar entrada dos poluentes e atuação nociva sobre a saúde e bem – estar dos indivíduos.
7. Conforto termo-acústico - Promover sensação de bem-estar físico e psíquico quanto a temperatura e sonoridade.
8. Uso racional dos materiais -Racionalizar o uso de materiais de construção tradicionais.
9. Uso de produtos e tecnologias ambientalmente amigáveis - Uso de produtos e tecnologias as que não agridem o meio ambiente.


Para acessar o texto na integra: http://www.idhea.com.br/pdf/nove_passos.pdf